sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Phyllostomus hastatus

Morcego – Phyllostomus hastatus
Classe: Mammalia

Ordem: Chiroptera

Família: Phyllostomidae

Phyllostomus hastatus é a terceira maior espécie de morcego do Brasil e a maior espécie do gênero, medindo entre 104 a 153 mm (cabeça à cauda) e pesando entre 64 e 112 g. Possui duas colorações diferentes, preta e avermelhada, um caso de polimorfismo genético.
Ocorre de Honduras até a Bolívia e em quase todos os estados do Brasil, exceto a região Sul. Provavelmente não habita altas altitudes, tolerando até cerca de 1400 metros.
Vive em diversos habitat, como florestas decíduas, áreas antropizadas, mas com vegetação (jardins e plantações), matas de galeria, matas secas, florestas primárias e secundárias.
Se alimenta de uma grande variedade de itens, incluindo frutos, pequenos vertebrados (lagartos, roedores e outros morcegos) e grandes insetos (besouros, cigarras e esperanças). A espécie se especializou em se alimentar de frutas penduradas de trepadeiras, mas também forrageia acima do dossel. O tipo de alimentação e a quantidade de cada item presente na dieta depende muito do habitat e da região que o animal ocorre. 
Faz tocas em cavernas, edifícios e palmeiras. Vivem em colônias que podem ser pequenas, mas também muito grandes, com centenas de indivíduos. Machos defendem grupos de fêmeas e formam haréns, que chegam a algumas dezenas de fêmeas.
A maturidade sexual das fêmeas é por volta dos 16 meses de idade e os filhotes são mantidos em “colônias-maternidade” enquanto estão amamentando.
A foto foi tirada na Pousada Uacari, RDS Mamirauá. Os animais ficam alojados no forro de um dos flutuantes. A identificação da espécie foi feita pelo meu amigo Gerson Paulino, do Instituto Mamirauá.
Está fora de perigo de extinção.

Fontes:

Neotropical Rainforest Mammals – Louise H. Emmons and François Feer

Mammals of the Neotropics – volume 3 – John F. Eisenberg e Kent H. Redford
Morcegos do Brasil – Nelio R. dos Reis, Adriano L. Peracchi, Wagner, A. Pedro, Isaac P. de Lima.

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