quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tatu-peba


Tatu-peba (Euphractus sexcinctus)

Classe: mammalia
Ordem: xenarthra
Família: dasypodidae

A América do Sul separou-se da África há aproximadamente 100 milhões de anos atrás e manteve-se como uma ilha até 3 milhões de anos atrás, quando o istmo do Panamá surgiu e uniu as Américas. Foi aqui que evoluíram os Xenartros, uma ordem peculiar cujo significado é "juntas estranhas", pois possuem articulações adicionais entre as vértebras lombares que reforçam a espinhal dorsal, ajudando os na tarefa de cavar, algo que os tatus fazem muito bem.
O tatu-peba ocorre do Uruguai à Bolívia e ao sul do Suriname e Guiana Francesa. No Brasil ocorre em todo o sul, sudeste, nordeste e centro-oeste (exceto o extremo oeste do Mato-Grosso) e parte do Pará e Amapá.
Habita áreas abertas e semi-abertas, cerrados, pantanal, bordas de mata, plantações e até próximo à casas nas áreas rurais.
São onívoros e comem restos de animais mortos, pequenos vertebrados, invertebrados, frutas, raízes, coquinhos. No Pantanal costumam se alimentar de cocos de acuri (Attallea phalerata). Possuem ótimo olfato, mas a visão é bem fraca.
São diurnos, mas também é possível observá-los em atividade à noite. Podem utilizar os mesmos buracos várias vezes.
Possuem em média 4-5kg.As fêmeas dão à luz entre 1 e 3 filhotes e a gestação dura cerca de 2 meses. A maturidade sexual se dá com 9 meses.
E espécie está fora de perigo de extinção.
Todas as fotos foram tiradas na região da Pousada Xaraés, pantanal sul-matogrossense, município de Corumbá. A primeira foi numa área de campo limpo na Fazenda Nossa Senhora de Fátima, a segunda dentro de um capão na mesma fazenda, a terceira enquanto farejava os lixos da Pousada e a última entre dois capões na Fazenda Nossa Senhora do Carmo.

Fontes:

Mammals of the Neotropics - John Eisenberg e Kent Redford
A Grande História da Evolução - Richard Dawkins
www.iucnredlist.org

Nenhum comentário:

Postar um comentário